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Manuella Yasmin

A abertura das olimpíadas Rio 2016 chegou para fazer barulho! Teve negro, teve transexual, teve deficiente, índio.... Teve de tudo. Inovação, alguns clichês, figurinhas repetidas, figurinhas raras, mas o que não faltou mesmo foi emoção.

Acalentando nossos corações Paulinho da Viola, primeiro negro a aparecer no cenário do evento, cantou e tocou o hino nacional no violão como uma linda canção de amor, estendendo o tapete vermelho para o show começar. Com uma história marcada por personagens adversos, o espetáculo nos trouxe a memória a chegada dos portugueses e o primeiro contato entre homens brancos e indígenas. Logo depois, a chegada dos negros no país, representando a escravidão, foi marcada por um explícito teatro de força e trabalho.

Aí a festa começou de verdade. Teve negro no Parkour, negro de dread coreografando a criação das cidades e suas favelas. A cantora Ludmila interpretando o emblemático e já legado funk carioca Eu só Quero é Ser Feliz. E claro, Elza Soares com sua voz imponderadíssima cantando rodeada por três negras lindas de black power, a música O Canto de Ossanha.

Da África ao Zimbabwe.

Teve representatividade sim na abertura das Olimpíadas!

Karol Conka junto com Mc Soffia no auge dos seus 12 anos, viraram notícia internacional e movimentaram ainda mais as redes sócias com suas presenças de palco e talento para a música, a moda das meninas também emplacaram bons elogios. A pequena rapper, foi comparada no cenário musical com cantores como Eminem e Drake. 

Depois disso a capoeira que é um mix de arte marcialesportecultura popular e música, desenvolvida no Brasil principalmente por descendentes de escravos africanos, foi muito bem lembrada seguida da participação de Jorge Ben Jor. 

A participação negra na grande festa não parou por aí. Tivemos voluntários negros pedalando as bicicletas que conduziam as delegações, cerca de 27 crianças negras com mudas de plantas acompanhando os atletas, e porta bandeiras representando seus países de raça negra.

A homenagem ao ex- atleta queniano Kipchoge Keino, foi uma emoção tamanha! O coral de Niterói que afinadíssimo composto em sua maioria por crianças negras, entoou o hino oficial das olimpíadas, cumprindo com o protocolo. 

Fomos representados ainda por um dos grandes da música brasileira, Gilberto Gil. E para encerrar com chave de ouro, a comum – porém agora notória – personalidade que acendeu a pira que ficará no centro da cidade para quem quiser ver, foi Jorge Alberto Gomes, um menino negro de 14 anos, praticante de atletismo, que para dar ênfase a um país de todos, foi escolhido para representar a simplicidade e a igualdade dos povos que vivem aqui. 

A noite do dia 5 de agosto de 2016, ficará marcada na mente e nos corações dos brasileiros. Vamos dar uma chance para o calor dos jogos olímpicos aquecer nossos corações em meio a todo o caos que estamos vivendo. Brigas, dissenções, corrupção... Que nada disso atina dentro de quadra/campo/piscina/arena nossos competidores. Não é esquecer de lutar, não é parar de correr atrás do que precisamos e queremos, mas é jogar junto, é torcer, pensar positivo. E que essa união que ontem nos fez um povo lindo permaneça para sempre. Que venha o mundo, que venham as medalhas,

 

VAMOS BRASIL !

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