Chegamos!
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O Black Sport Clube está na área, na raia, na praia, na rede, na corda, no apito, no banco, no bloco (de partida), na grama (do campo), no quadro (da cesta) ou no teclado, na tela, na lente... Na torcida, no ponto, no empate, na derrota, na vitória. No individual, no time, no banco. Mas sempre com você. Mostrando, descobrindo e contando as histórias da história do esporte, um terreno onde a palavra legado é sagrada.
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A ancestralidade. Nossas origens. E a herança negra nos esportes que ocupa um dos maiores espaços da mídia mundial é gigante. E é maior do que a história dos dois maiores atletas do Século XX: Pelé e Mohammed Ali. Quando o assunto é a trajetória da raça negra, algumas temáticas são recorrentes. A música, a dança, a culinária, a religiosidade... Mas as contribuições vão além. E no esporte, claro, estamos aí com força total.
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Chegamos para ficar, redescobrir e revelar outros contos dos corpos negros que correm, nadam, voam e driblam. Lutam, jogam, cortam, fazem pontos e pontos. Também queremos dizer aos jovens e crianças negras do Brasil e (por que não?) do mundo: O passado, o presente e o futuro foram e são de todos os que ousam ser quem são.
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Que sejamos citius (mais rápidos), altius (mais altos) e fortius (mais fortes) na luta pela inclusão. As raias, as praias, os céus, os mares estão para serem estádios ocupados todos os espaços da sociedade, por todos que dela fazem parte.
Black Sport Club, a arena plural do esporte.
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Fotos: Ricardo Pessanha
Esquerda para direita: Jorge Souza Santos, Ricardo Santos, Lucas Simões, Manuella Yasmin, Cláudia Chaves, Eliana Alves Cruz e Naila Agostinho.


Wallace Colares, Lucas Simões, Eliana Alves Cruz, Naila Agostinho e Manuella Yasmin
Eliana Alves Cruz é jornalista e na adolescência fazia atletismo no estádio Célio de Barros, no Rio de Janeiro. Queria ir aos Jogos Olímpicos para correr, mas acabou indo para escrever. Depois Há mais de duas décadas assessora os esportes aquáticos do Brasil. Cobriu mais de 20 Campeonatos Mundiais, três Olimpíadas, organizou a área de imprensa de mais de 20 eventos internacionais no Brasil e atualmente é vice-presidente do Comitê de Mídia da Federação Internacional de Natação. Pós graduada em comunicação empresarial e com curso de gestão esportiva avançadas pelo Comitê Olímpico do Brasil/ Solidariedade Olímpica. Resolveu jogar também em outros campos e pôs a história de seus ancestrais em livro, que em 2015 ganhou o primeiro lugar no concurso literário nacional "Prêmio Oliveira Silveira", promovido pela Fundação Cultural Palmares. Com a cabeça martelada pelo eterno mantra familiar: “Quem tem o conhecimento tem o poder”, idealizou o Black Sport Club para juntar isso tudo e muito mais.
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Claudia Chaves é jornalista e publicitária. Doutora pela PUC do Rio. Mas se orgulha mesmo é de ser professora. Daquelas que conhece cada um, olha o dever de casa e coloca estrelinha no caderno. Começou a carreira, com 16 anos, fazendo perfis dos jogadores da Seleção de 70 para a Revista Placar. Andou por Seca, Meca, alhures e algures. E reencontrou sua aluna querida Eliana Cruz. Salta qualquer obstáculo para fazer parte do Black Sport Club.
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Ricardo Augusto lutou judô desde a infância, mas a vontade de participar de uma Olimpíada bateu forte quando Aurélio Miguel faturou a dele nos Jogos de 1988, na coreana em Seul. Quatro anos depois, nova inspiração com a conquista de Rogério Sampaio nos Jogos de Barcelona 1992. A única medalha de ouro brasileira naquela edição. Como os caminhos dos que curtem esporte são sempre cruzados por ele, teve a oportunidade de trabalhar intensamente na Prefeitura do Rio, como designer gráfico e produtor, na organização dos Jogos Pan-Americanos Rio 2007. E segue na trilha esportiva, agora nos Jogos Olímpicos Rio 2016, nos projetos da Prefeitura carioca visando o sucesso do evento.
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Jorge Souza Santos queria ser pediatra, mas logo viu que não tinha a menor vocação. Seu negócio sempre foi o esporte, e se seguisse a área médica, acabaria trabalhando na medicina esportiva. Pensou na educação física, mas no ano decisivo de escolha, acabou se bandeando para o jornalismo... mas sempre com o esporte no desejo. Depois de ralar em outras áreas da profissão, caiu nas tão desejadas páginas esportivas. Andou pelo basquete – para mim o mais eletrizante - e há quase duas décadas está nos esportes aquáticos, os mais saudáveis. Viajou pelo mundo todo com os das águas, mas ainda falta o continente negro, a nossa Mãe-África, mas está no rumo pra chegar lá. Foi peladeiro, nadou, corre até hoje e assiste tudo o que pode ao vivo ou na telinha. Por fim, informa que curte gente e, portanto, é flamenguista e mangueirense.
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Ricardo Pessanha é jornalista com MBA em marketing e já nadou, correu, pedalou e lutou muito por aí. Ganhou até umas medalhas na infância, nadando pelo Vasco, o clube da família, trocado mais tarde pelo Flamengo, por motivo de derrota acachapante para o Santos de Pelé. Entre seus orgulhos desportivos está o de ter completado o primeiro triatlo disputado no Rio, mas o que ele queria mesmo era viver de música. Fez iniciação musical, canto coral, estudou piano, teoria e harmonia e... se tornou um bom e dedicado ouvinte. Começou a escrever sobre música e fotografar shows ainda na faculdade de comunicação e nunca mais parou. Hoje tem livros sobre música brasileira publicados nos EUA, França, Alemanha, Áustria, Inglaterra, Japão e Coréia, e dá palestras sobre música brasileira para estudantes de universidades estrangeiras.
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Wallace Colares é estudante de jornalismo. Correu brincando de pique e jogou muitas peladas. Flamenguista apaixonado por samba e futebol. Tagarela e andarilho, ama passear e conhecer gente. Trabalhou na produção da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 e foi estagiário na TV PUC como repórter cinematográfico.
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Lucas Simões é estudante de jornalismo, apaixonado por samba, futebol, discos e livros. Ritmista da Unidos de Vila Isabel desde os 14 anos, já foi campeão do Carnaval por sua escola de coração; assistiu, ao vivo, ao milésimo gol de Romário e possui uma coleção de mais de 70 LP’s, fatos que acredita lhe conferirem alguma credibilidade, apesar de não saber exatamente o porquê. Vascaíno e peladeiro, como esportista sempre foi um bom amigo.
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Manuella Yasmin da Conceição, uma menina normal com três nomes próprios, um livro publicado aos 13 e alfabetizada aos 4. Não tem preconceito com música, é capricorniana (mesmo sem saber o que isso significa), vive num relacionamento enrolado com séries e tem a meta de conversar com ao menos um desconhecido por dia. Estudou em 10 escolas públicas só na cidade do Rio, mas conheceu a pobreza no meio da burguesia. Brincou de boneca, carrinho, pulou corda e amarelinha, soltou pipa, jogou queimada e bolinha de gude (ou birosca). Mas se viu uma ótima jogadora depois dos 18. Percebeu - e isso a fez feliz - que o jogo da vida lhe renderá o mais alto lugar no pódio. Hoje, vê que a faculdade que cursa de jornalismo é apenas a largada para (de inúmeras) alcançar sua primeira medalha de ouro.
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Naila Agostinho é estudante de publicidade, mas na verdade o plano A era seguir a carreira de bailarina. Dançou por quinze dos seus vinte e um anos de vida. No momento usufrui do Plano B, pendurou as sapatilhas e baila com os dedos freneticamente no teclado do computador. Entre um texto e outro monta quebra-cabeca com sua princesinha Sarah. Nas madrugadas caçando estágio conheceu a events by tlc de Portugal que estará driblando todos os obstáculos e cumprindo um cronograma gigantesco nas Olimpíadas do Rio. Mais um desafio arretado para a lista. Completamente apaixonada por livros com cheiro de velho, acredita que a arte pode modificar o mundo. Determinada e sonhadora,vê tudo na vida como uma forma de aprendizado.