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Arena Mundo

Eliana Alves Cruz


Não se animem, gringos brasileiros. Eu falo português. E nunca foi tão saboroso esse sotaque, esse jeito de corpo, esse modo ritmado de falar arrastado como se a palavra tivesse preguiça de terminar. E tem. A gente é um surdo de marcação, um tamborim nervoso, uma cuíca doída, a gente não tem explicação. Mas a gente faz festa! A gente sabe que é nela que a floresta cresce... Como as plantas semeadas por atletas, como o funk de Ossanha, como sol-pira.

Gringos não brasileiros se requebram na cadeira, mas alguns não conseguiam esconder que o coração também gingou. Esquecidos por algumas horas dos preconcebidos conceitos.

A figura acovardada e acanhada de um dirigente que as pressas declarou abertos os Jogos e a vaia já esperada contrastou, mas não empanou. Uma sensação à Chico Buarque: "Apesar de você...". Aliás, apesar de vocês, as famosas "três esferas" governamentais.

E nós? Vamos botar a sandália de prata e vamos pra vida, pro jogo, pra briga... Vamos pro samba sambar.

Simbora!

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