Toques & Tons
Ricardo Pessanha
A coluna começa a cruzar a ponte esporte-música pela Irie (bela, tudo bem, em patois) Jamaica. Terra de grandes velocistas como o raio Usain Bolt, Asafa Powell, Veronica Campbell-Brown e Merlene Ottey, os jamaicanos se destacam até em esportes de inverno!
O seu time de bobsled (um tipo de trenó) se classificou para várias Olimpíadas de inverno e não fez feio. Em 1993, a proeza virou até filme: Jamaica Abaixo de Zero. Outra paixão dos jamaicanos é o futebol. Chega na Jamaica, diz que é brasileiro e você vai receber um sorriso largo e perguntas sobre Pelé, Romário, os Ronaldos, e quase pedem para você fazer embaixadinha. E isso não era diferente com Bob Marley.


O mundialmente famoso reggaeman adorava bater uma bola. Quando em visita ao Brasil em 1980, participou com prazer de uma pelada no 'Politeama' - time e campo de Chico Buarque - onde jogou com o próprio e craques como Paulo Cesar Caju. Isso era motivo de grande orgulho para o rastaman e, visitando Museu Bob Marley, em Kingston, você vai ver, entre instrumentos, roupas, fotos, discos de ouro, marcas de tiro na parede (o museu funciona na casa onde Bob morava e sofreu um atentado), fotos de Bob Marley jogando futebol no Brasil.
Música e futebol desempenharam papéis importantíssimos na vida do cara, a tal ponto que ele uma vez disse a um jornalista: “Se você quer me conhecer, vai ter que jogar bola contra mim e os Wailers”. Bob Marley foi visto pela última vez batendo uma renhida pelada em um campinho na Quinta da Boa Vista.
Robert Nesta Marley está vivo...e bem!